O salvador de Itália e da UE

Apesar da subida dos partidos eurocépticos nas eleições para o Parlamento Europeu, a Lituânia quer aderir ao euro (a Estónia e a Letónia já lá estão).

E a Albânia insiste em entrar para a União Europeia. O projecto europeu ainda se revela atractivo, apesar dos desaires recentes.

A esperança, agora, concentra-se no primeiro-ministro de Itália, Matteo Renzi, que obteve uma notável vitória nas eleições para o PE – 41%, percentagem que nenhum partido italiano conseguira desde 1958. Renzi pretende fazer em Itália as reformas que ali sempre foram adiadas, E é um crítico da receita de austeridade aplicada pela UE aos países com problemas de dívida soberana. Considera, ainda, que o sistema do euro não é funcional, devendo ser reformado.

Para já, trata-se de ambiciosos objectivos de Renzi. A sua capacidade para inflectir a política económica e financeira da zona euro vai depender do grau de sucesso que obtiver nas reformas em Itália. Conhecendo-se a enorme dificuldade de mudar tudo o que não agrade aos interesses corporativos que imperam em Itália, é cedo para deitar foguetes.