Emissão Renascença | Ouvir Online

Francisco Sarsfield Cabral

O tiro pela culatra

28 mai, 2014

Quando se percebeu que, afinal, o PS não atingira sequer 32% dos votos, começaram as críticas dentro do partido.

Seguro tentou “ganhar a noite eleitoral” de domingo passado, pondo F. Assis a anunciar, logo no início, uma grande vitória, para esta ideia se fixar na cabeça dos telespectadores, sem paciência para verem muito mais.

O tiro saiu pela culatra: aí está António Costa a disputar a liderança do PS a Seguro.

Quando se percebeu que, afinal, o PS não atingira sequer 32% dos votos, começaram as críticas dentro do partido. Seguro e F. Assis não se deram conta de que esta manobra lhes retirou credibilidade. Parecem viver num mundo de fantasia.

Essa impressão negativa foi reforçada pelo apelo de Seguro e de outros socialistas a antecipar as eleições legislativas. Não só porque, no passado, vários partidos derrotados nas eleições europeias tiveram bons resultados algum tempo depois nas legislativas. Mas sobretudo porque os votos de domingo e a mega-sondagem da TVI mostram que, a haver agora eleições gerais, seria dificílimo formar um governo com maioria parlamentar.
 
E com o PS de novo em convulsão… Só se o Presidente da República fosse irresponsável, e não é, anteciparia as legislativas.