“Honesty is the best policy”. Uma empresa séria ganha prestígio e atrai clientes. Mas há casos em que a ética impõe prejuízos.
A ética empresarial tem vindo a afirmar-se, até como disciplina incluída nos cursos superiores de gestão. E nas próprias empresas o tema está cada vez mais presente, “certamente por muitas razões, em que não é de excluir o facto de, hoje em dia, a ética ‘pagar’, podendo ser instituída em factor de competitividade”.
A afirmação é do Prof. Daniel Bessa, um economista que conhece bem o mundo das empresas, em entrevista ao “Jornal de Negócios”.
Os ingleses têm para esta ideia de que a ética compensa com lucros acrescidos um velho ditado: “honesty is the best policy” (a honestidade é a melhor política). Compreende-se: uma empresa séria ganha prestígio e atrai clientes.
Mas por vezes a ética impõe prejuízos, por exemplo perder um concurso por recusa de subornar alguém. Nesse caso a ética continua a prevalecer, como reconhece Daniel Bessa: “caberá a cada um determinar (…) o limite além do qual não está disposto a conviver com a falta de ética, qualquer que seja o custo”.
Ou seja, a ética muitas vezes favorece a empresa, mas não deixa de valer quando lhe traz prejuízo.