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Francisco Sarsfield Cabral

Calendário mais lento

10 abr, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

França e Itália querem mais tempo para reduzir o défice. Mas precisam de ganhar credibilidade, o que não é tarefa fácil.

Os novos primeiros-ministros da França, M. Valls, e da Itália, M. Renzi, querem dinamizar as respectivas economias nacionais. Para isso alegam precisar de mais tempo para reduzir os défices orçamentais dos seus países.

A França, aliás, já antes e por duas vezes tinha obtido um calendário mais lento, o que parece ter irritado os governantes alemães.

A posição francesa e italiana faz sentido, desde que os governos dos dois países se comprometam a concretizar reformas capazes de aumentar a competitividade dos bens e serviços ali produzidos.

A França e a Itália precisam de ganhar credibilidade, avançando já com algumas mudanças. Depois, então, seriam alargados os prazos. O que não é tarefa fácil, pois a história recente mostra que os interesses instalados têm conseguido travar as necessárias reformas em França e em Itália.

Como sempre, o essencial está na credibilidade. Portugal, país sob um programa de assistência (o que não é o caso de França nem de Itália), já conseguiu prolongar o tempo da redução do défice porque deu provas de mudar.