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Francisco Sarsfield Cabral

Putin ganha, para já

03 mar, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

Naturalmente que a NATO, a UE e os EUA sairão mais desprestigiados deste caso. E o novo governo da Ucrânia também.

Como é óbvio, os militares ucranianos que não alinham com Moscovo têm escassas possibilidades de travarem as operações bélicas da Rússia na Crimeia. E o apoio que a Ucrânia obterá da Europa e dos Estados Unidos será financeiro e nada mais. Pois se já assim aconteceu com as invasões soviéticas da Hungria e da Checoslováquia, bem como, em 2008, com a invasão da Geórgia pela Rússia de Putin, não se pode agora esperar outra coisa. Até porque o arsenal nuclear russo não será moderno, mas é enorme.

Os EUA estão desgastados com as falhadas guerras do Iraque e do Afeganistão – os americanos rejeitam mais sarilhos no estrangeiro. A UE não possui  meios militares com um mínimo de credibilidade, nem teria vontade para os utilizar, se os possuísse. Naturalmente que a NATO, a UE e os EUA sairão mais desprestigiados deste caso. E o novo governo da Ucrânia também.

Vitória de Putin? Para já, sim. Mas a Rússia é economicamente vulnerável, o que a alta do preço do petróleo ajudou nos últimos anos a encobrir. Aliás, foi pela economia que a União Soviética quebrou.


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