Multiplicam-se. A República Centro Africana é mais um caso, menos falado na comunicação social. Na polémica dos sírios enviados para Portugal pela Guiné, a TAP agiu de modo correcto.
Não é aceitável que mais de setenta pessoas, fugidas da Síria, tenham sido obrigadas na Guiné-Bissau a embarcar num avião da TAP com passaportes falsos, rumo a Lisboa.
Não foram respeitadas as mais elementares regras do direito internacional, o que não espanta num país que tem vindo a cair na categoria de “Estado falhado”. A TAP, com o acordo do Governo, fez bem em suspender os voos para Bissau.
Os Estados falhados multiplicam-se, infelizmente. A Síria é uma tragédia. Ali grassa uma sangrenta guerra civil, que é a origem daqueles refugiados, mandados para Lisboa pelos guineenses. Mas há outras situações trágicas em África, menos faladas na comunicação social.
A República Centro Africana é um desses casos. A França enviou para lá 1.600 soldados para tentar travar os morticínios, por motivos étnicos e religiosos. Dois desses soldados foram abatidos esta semana.
Antes, a França tinha intervindo militarmente no Mali, para impor um pouco de ordem. A União Africana também se encontra em várias zonas de caos e conflito, mas a sua eficácia pacificadora é limitada.