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Francisco Sarsfield Cabral

Um acordo arriscado

28 nov, 2013

O acordo entre o Irão e os EUA e outros países, tem sido avaliado de maneiras diversas.

Para Obama trata-se de um acordo histórico. Já o primeiro-ministro de Israel classifica-o de erro histórico. E a Arábia Saudita ficou preocupada com a credibilidade dada ao Irão.

No Congresso americano são muitos os críticos do acordo, que poderá ser liquidado se os congressistas mantiverem ou até agravarem as sanções ao Irão, que deveriam ser aliviadas nos próximos seis meses. Em contrapartida, o Irão compromete-se a suspender as suas actividades nucleares. No próximo ano deverá surgir um acordo definitivo.

Apesar de limitado, este entendimento provisório marca uma viragem importante, depois de décadas de hostilidade entre o Irão e os EUA. Mas nem o tal acordo definitivo está garantido nem este acordo está isento de riscos.

Os iranianos podem iludir a vigilância ocidental. E Obama, em queda nas sondagens, pode ter forçado um acordo arriscado para tentar recuperar popularidade.

Os riscos são reais. Mas vale a pena corrê-los, porque a alternativa seria pior.