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Ribeiro Cristóvão

Bando dos quatro

10 jan, 2013 • Ribeiro Cristóvão

Trata-se da repetição, com apenas alguns retoques, do figurino com que temos sido confrontados em edições anteriores, o que torna inevitável uma mudança do actual modelo da Taça da Liga a muito curto prazo.

Bando dos quatro

Depois de uma sensaborona fase de grupos da Taça da Liga, que pouco mais representou do que a degola dos inocentes, fica-se agora a aguardar pelas meias-finais que, no próximo dia 27 deste mês, vão juntar Benfica, FC Porto, Sporting de Braga e Rio Ave. Isto é, quatro dos cinco clubes que seguem na frente no campeonato.

Poderá parecer simples coincidência, mas não é. Trata-se da repetição, com apenas alguns retoques, do figurino com que temos sido confrontados em edições anteriores, o que torna inevitável uma mudança do actual modelo a muito curto prazo.

Para fundamentar ainda melhor esta ideia, basta reparar no facto de na fase de grupos, em que tomaram parte 16 clubes, apenas um deles, a Naval 1º de Maio, pertencer aos quadros da Liga de Honra. Isto diz bem do espartilho em que o regulamento da prova transformou a competição, onde a selecção dos melhores é feita logo desde o início, retirando-lhe a democraticidade de que é exemplo a Taça de Portugal.

Se não forem introduzidas alterações, a Taça da Liga verá o seu interesse cada vez mais reduzido. Sem abrir espaço à participação numa competição europeia, dela retirando o seu vencedor apenas uma pequena compensação financeira, e a juntar a tudo isto o desinteresse que o público continua a manifestar, não se lhe descortina grande futuro.

Com o quadro desenhado para a jornada que se segue, com os jogos Porto-Rio Ave e Braga-Benfica, espera-se um despique mais acentuado que, no entanto, não chegará para disfarçar as insuficiências desta Taça da Liga, para cujo futuro formato os responsáveis terão de encontrar novas e modernas soluções.