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Ribeiro Cristóvão

Distinção oportuna

09 jan, 2013 • Ribeiro Cristóvão

Depois de ter sido preterido pela FIFA na eleição do melhor treinador do mundo, o português José Mourinho recebe, quase de imediato, uma distinção que o guinda, de novo, ao primeiro lugar do pódio.

Distinção oportuna

Depois de ter sido preterido pela FIFA na eleição do melhor treinador do mundo, o português José Mourinho recebe, quase de imediato, uma distinção que o guinda, de novo, ao primeiro lugar do pódio.

Trata-se da atribuição anual pela IFFHS –Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol- do título de melhor treinador, prémio que aliás lhe é outorgado pela quarta vez.

José Mourinho, que já fora distinguido em 2004, 2005 e 2010 conseguiu, à frente do Real Madrid, os recordes de pontos e de golos na Liga Espanhola, tendo chegado às meias-finais da Liga dos Campeões, onde sucumbiu frente ao Bayern de Munique, no desempate por grandes penalidades.

Nos outros lugares do pódio surgem Roberto Di Matteo que, no comando do Chelsea, logrou chegar ao título de campeão europeu, e Diego Pablo Simeone, treinador do Atlético de Madrid, com as muito significativas conquistas da Liga Europa e da Supertaça Europeia.

O treinador português torna-se assim no mais laureado de sempre, dado que apenas por duas vezes saíram vencedores Alex Ferguson, Marcello Lippi, Ottmar Hitzfeld, Carlos Bianchi e Pep Guardiola.  

Numa altura em que Mourinho se encontra no centro do furacão em Madrid, com o Real em posição difícil nas várias frentes em que se bate, e envolto em diversas polémicas, para as quais também tem dado um enorme contributo, este poderá ser um tempo de algum conforto, sobretudo após não ter sido eleito pela FIFA como o melhor treinador.

Para alguns jornalistas e comentadores espanhóis, sobretudo da Catalunha, esta escolha da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol representa, ao contrário, uma enorme contrariedade face à campanha que têm vindo sistematicamente a desenvolver contra o treinador português.  

Para José Mourinho este momento poderá ajudar a uma inflexão nas dificuldades que ora atravessa. Mas, pelo seu lado, ele deve também dar um grande e indispensável contributo.