Emissão Renascença | Ouvir Online

Ribeiro Cristóvão

Até pró ano

17 dez, 2012 • Ribeiro Cristóvão

O Campeonato da divisão principal do futebol português espreguiça-se de novo e, mandrião, vai entrar na quinta interrupção desde que na segunda quinzena de Agosto foram dados os primeiros pontapés a sério.

Até pró ano

O Campeonato da divisão principal do futebol português espreguiça-se de novo e, mandrião, vai entrar na quinta interrupção desde que na segunda quinzena de Agosto foram dados os primeiros pontapés a sério pelas 16 equipas que então iniciaram a competição, que só baixará o pano no próximo mês de Maio.

Até aqui apenas onze jornadas foram cumpridas e, mesmo assim, deixando arrastar para o ano que vem um dos jogos cujo desfecho poderá influenciar o actual comando da classificação. Trata-se, como todos sabemos, do Vitória de Setúbal-Futebol Clube do Porto, adiado mercê de uma decisão pouco clara, por aparentemente mal fundamentada pelo árbitro designado para dirigir esse jogo. É que já estivemos perante situações bem mais complicadas quanto ao estado do tempo, e jogou-se.

Face a essa ausência forçada dos portistas, ficou o caminho aberto ao Benfica para poder assumir, sem companhias que por certo bem dispensa, a liderança da classificação. E nem sequer teve de esforçar-se muito o grupo escolhido por Jorge Jesus para levar de vencida um adversário que vinha de sete jogos consecutivos sem perder mas que, perante a maior força dos encarnados mais não pode fazer do que baixar a bandeira e render-se a essa superioridade.

Janeiro vai ser assim um mês interessante de seguir sobretudo no que toca aos desenvolvimentos do duo da dianteira.
É que, antes desse acerto de calendário, há ainda, pelo meio, o clássico Benfica-Porto que pode ajudar a clarificar as muitas dúvidas que por ora ainda se colocam.

Dúvidas também em relação ao Sporting, cada vez mais afundado nas desgraças que tem vindo a criar e nos passos em falso em que persiste há longo tempo.

Agora a novidade chama-se Jesualdo Ferreira, “manager” chamado para funções até aqui praticamente desconhecidas no futebol português e num contexto por enquanto difícil de perceber.

Godinho Lopes faz, deste modo, mais uma tentativa para se reencontrar com um projecto a que nunca foi capaz de dar corpo desde que iniciou o mandato, e que, cada vez mais, uma grande faixa de sócios e adeptos do clube de Alvalade contestam de forma bem audível.

Mas o campeonato também se despede do ano com algumas agradáveis surpresas, com Paços de Ferreira e Rio Ave à cabeça e, por outro lado, com uma meia dúzia de aflitos entre os quais, quem diria, se encontra também o Sporting.

Os poucos pontos que separam na tabela este pequeno pelotão são, por isso, de bom augúrio para as emoções que 2013 deixa adivinhar.

Veremos se há bons motivos para aguardarmos confiantes.