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Ribeiro Cristóvão

Sem surpresa

10 dez, 2012 • Ribeiro Cristóvão

O velho derby lisboeta deixou de se transformar numa caixinha de surpresas. Pelo menos esta noite confirmou-se aquilo que antes parecia uma evidência, a de que seria difícil ao Sporting resistir a um Benfica claramente mais forte e dispondo de uma organização capaz de oferecer maiores garantias.

Sem surpresa

O velho derby lisboeta deixou de se transformar numa caixinha de surpresas. Pelo menos esta noite confirmou-se aquilo que antes parecia uma evidência, a de que seria difícil ao Sporting resistir a um Benfica claramente mais forte e dispondo de uma organização capaz de oferecer maiores garantias.

Na primeira parte do jogo desta noite ainda houve um assomo de leão. Inclusive um golo de avanço até permitiu acender uma luzinha de esperança que, no entanto, viria a desvanecer-se quase por completo quando se tornou necessário recorrer a uma capacidade física que o Sporting não deu mostras de possuir.

Confirmaram-se assim as piores expectativas com este desfecho em Alvalade, que num momento tão conturbado como aquele por que passa a família sportinguista não deixará de agravar a crise que já era profunda e que, a partir de agora, deixa adivinhar estragos capazes de se propagar para além da equipa de futebol.

Neste momento já nem sequer são os dezoito pontos que o Sporting regista de atraso relativamente aos seus habituais competidores Porto e Benfica, nem o facto de possuir o segundo pior ataque do campeonato com apenas dez golos em onze desafios. Preocupante, sim, torna-se a circunstância de a equipa ficar agora separada por apenas dois pontos da linha de água.

O futuro apresenta-se por tudo isto carregado de interrogações para as quais faltam respostas credíveis e consistentes. E a principal dúvida assenta sobretudo no modo como tudo irá acabar num clube onde a cada dia que passa as tensões aumentam exponencialmente.

Quanto ao Benfica, a noite veio confirmar o bom momento por que passa a equipa, mantendo intactas as suas ambições e sem perder de vista o seu verdadeiro e quase único rival, o FC Porto.

Os portistas, que já haviam ganho há três dias frente ao Moreirense seguiram, sentados na poltrona, o clássico da capital certamente mais interessados no desfecho que não viria a registar-se, o triunfo da equipa leonina.

Agora, a 19 jornadas do termo do campeonato, o mais provável é que tenhamos apenas uma luta a dois.

Monótono e de mau augúrio para o futebol português no seu todo.