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Ribeiro Cristóvão

Poupar sem ganho

04 dez, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Pelos vistos, as poupanças de Braga deram em nada: nem pontos nem euros, o que deve ter dado origem a um regresso à Invicta bem menos eufórico do que tem sido prática corrente.

Poupar sem ganho

O melhor onze de que os dragões dispunham esta noite para o jogo do Parque dos Príncipes não permitiu que a estrela voltasse a brilhar na cidade luz, apesar de o seu prestígio não ter saído beliscado após a derrota tangencial frente ao Paris Saint-Germain.

Num jogo de qualidade em que o conjunto francês exibiu elevado nível, Helton acabou por se tornar a figura da noite, por ter sido uma infeliz intervenção sua a influenciar o resultado final.

O campeão português só em alguns momentos protagonizou uma exibição a merecer nota positiva, tendo revelado uma enorme incapacidade para suster o ímpeto que marcou a entrada dos parisienses.
 
E este encontro derradeiro da fase de grupos da Liga dos Campeões não teve como grandes protagonistas alguns jogadores que costumam ser decisivos na formação dos Dragões. Sobretudo Moutinho, não foi capaz de provocar os desequilíbrios que têm marcado tantas das suas actuações.

Pelos vistos, as poupanças de Braga deram em nada: nem pontos nem euros, o que deve ter dado origem a um regresso à Invicta bem menos eufórico do que tem sido prática corrente.

Resta agora aguardar que o sorteio dos oitavos-de-final reserve aos portistas um melhor quinhão do que aquele que lhe coube na capital francesa.

Esta quarta-feira é dia de Benfica, de cujo comportamento se pode esperar tudo.

Frente a um adversário para o qual é difícil encontrar novas palavras elogiosas, os comandados de Jorge Jesus vão ter pela frente a melhor equipa do mundo, ainda que nas circunstâncias actuais privada de alguns dos seus mais renomados e influentes jogadores.

Tácticas suicidas não levarão a nada. Se o treinador do Benfica for capaz de revelar cautela e humildade, características a que não tem por hábito dar muita importância, talvez não regresse de Barcelona de mãos a abanar.

Mas se ousar acordar a fera, os estragos poderão ser consideráveis.