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Ribeiro Cristóvão

Corredores de fundo

28 nov, 2012 • Ribeiro Cristóvão

 As eleições para a presidência do Comité Olímpico de Portugal contam já com quatro potenciais candidatos prevendo-se que, à volta dos seus nomes, venham a registar-se movimentações nunca vistas até aqui.

Corredores de fundo

Março de 2013 ainda vem longe mas está já em curso uma corrida que promete ser muito animada. As eleições para a presidência do Comité Olímpico de Portugal contam já com cinco potenciais candidatos prevendo-se que, à volta dos seus nomes, venham a registar-se movimentações nunca vistas até aqui.

Fernando Mota, até há pouco Presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, cargo que exerceu durante três dezenas de anos, é a mais recente proposta de um grupo de 17 federações, sufragada por larga maioria.

Considerado como um dirigente desde sempre ligado ao movimento associativo e olímpico, Mota é visto por largos sectores como o homem mais indicado para substituir Vicente de Moura, que preside ao COP desde 1997.

Mas há outros potenciais candidatos ao lugar: Manuel Brito, actual Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Marques da Silva, secretário-geral do COP, Carlos Paula Cardoso, que é, há vários anos, Presidente da Confederação do Desporto de Portugal, onde tem desempenhado funções relevantes e tidas como muito meritórias por muitos sectores da área desportiva, e José Manuel Constantino, ex-Presidente do Instituto do Desporto de Portugal.

Como se verifica, estamos perante um leque de personalidades que, à partida, dão garantias de um bom desempenho no comando dos destinos do movimento olímpico português, muito importante sobretudo numa altura em que se esboçam tentativas de reformular o actual quadro de apoios às diversas modalidades, visando uma lógica mais adequada na relação investimento/produtividade, que nesta altura se apresenta fortemente descompensada.

A presença portuguesa nos Jogos Olímpicos, o seu custo e o retorno em sucesso desportivo justificam um amplo debate que não se tem verificado, mas que a actual situação económica do país justifica e exige.

Espera-se, pois, que as campanhas eleitorais que irão sair a terreiro não confinam as suas discussões a meros aspectos pessoais e carreiristas, mas se debrucem sobre os temas que neste tempo verdadeiramente interessam ao movimento associativo e olímpico.