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Ribeiro Cristóvão

Volta a Champions

20 nov, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Com o FC Porto já no pré-estágio para os oitavos-de-final, por ter conseguido bem cedo o apuramento, é ao Benfica e ao Sporting de Braga que se deparam os maiores escolhos.

Volta a Champions

No limiar de decisões importantes, estamos à porta de uma jornada dupla da Liga dos Campeões que muito poderão influenciar o futuro imediato de duas das equipas portuguesas participantes.

Com o FC Porto já no pré-estágio para os oitavos-de-final, por ter conseguido bem cedo o apuramento, é ao Benfica e ao Sporting de Braga que se deparam os maiores escolhos devido a exibições descuidadas em jogos anteriores nos quais se apresentavam com a estrita obrigação de vencer.

No tocante aos encarnados da capital pode mesmo dizer-se não serem aceitáveis nem o empate consentido em Glasgow e muito menos a derrota em Moscovo, desafios que lhes roubaram cinco pontos e com eles a possibilidade de estar agora em situação mais desafogada encontrando-se, pelo contrário, em risco de poderem, inclusive, comprometer o ingresso na Liga Europa.

Lamentavelmente, mesmo duas vitórias nos desafios que ainda sobram podem não dar para uma coisa nem outra. O jogo desta noite com o Celtic encerra perigos diversos.

Os escoceses deixaram bem à vista, na épica vitória frente ao Barcelona, como é possível vencer uma equipa que dispõe de mais tempo de bola em seu poder e de argumentos técnicos da valia claramente superior. Jogando como o fez na sua cidade, o Celtic pode, nesta terça-feira, causar um enorme calafrio e fazer silenciar o estádio da Luz. Está nas mãos, nos pés e, sobretudo, na cabeça de Jorge Jesus e dos seus jogadores a chave para decifrar tão complicado enigma.

Convém lembrar que não se trata de um adversário menor, como foi prematuramente classificado por alguns observadores menos atentos, que traz a lição bem estudada, e sabe que argumentos deverá colocar em campo para deixar de ter o Benfica como adversário directo a partir de hoje.

Em relação ao Sporting de Braga, podem decalcar-se alguns dos argumentos que serviram para caracterizar o Benfica.
Iniciando a Champion´s a perder, no AXA, perante um adversário que até dava mostras de não ter a mesma envergadura, os minhotos bem cedo comprometeram um sonho que antes parecia realizável. Depois, a exibição em Manchester ainda trouxe algum alento, sobretudo pela afirmação de grande categoria que a marcou, mas esse fôlego não pareceu suficiente para fazer regressar a esperança.

Hoje, na Roménia, os "guerreiros" têm uma palavra a dizer. Sem esquecer, claro, os fortes argumentos de que a equipa do Cluj também dispõe e que, se conseguir colocar em campo perante o seu público, podem afundar as esperanças arsenalistas.