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Ribeiro Cristóvão

A ferros

25 set, 2012 • Ribeiro Cristóvão

A noite de ontem em Alvalade ficará para a história, pelo que pode representar como um salto para o futuro que até há pouco parecia inalcançável.

A ferros

Finalmente o Sporting teve capacidade para chegar à vitória que lhe faltou nas três jornadas iniciais do campeonato. E numa noite de fortes emoções frente a um adversário que lhe tolheu os movimentos durante algum tempo, mas que acabou por sucumbir face à grande força exibida pelos leões.

O Gil Vicente ainda fez pairar sobre Alvalade a ameaça de uma tempestade que poderia ser o começo do fim para muita gente. Mas a grande exibição da segunda parte levou o Sporting à reviravolta que parecia impossível, e que pode transformar-se no prenúncio de tempos novos que os seus prosélitos ambicionam.

Os leões terão agora de confirmar o que aconteceu frente à equipa de Barcelos para emendar o caminho percorrido até aqui e tem lançado os adeptos na maior descrença.

A noite de ontem em Alvalade ficará para a história, pelo que pode representar como um salto para o futuro que até há pouco parecia inalcançável.

Foi bom para os adeptos, dirigentes, mas sobretudo para jogadores e treinador, e ainda mais para Sá Pinto, já com a cabeça no cepo e alvo de duras críticas vindas de vários quadrantes, que deixavam adivinhar o desenlace a muito curto prazo.

Não se pense, porém, que está tudo resolvido para as bandas de Alvalade. É que para além da questão desportiva, que continua a suscitar muitas reticências, os problemas financeiros constituem o maior quebra-cabeças. E se os resultados não ajudarem, a queda no precipício tornar-se-á inevitável.

Saúde-se portanto este regresso do Sporting ao campeonato e à luta pelos lugares de honra, embora mantendo reservas e a convicção de que há ainda um longo caminho a percorrer.