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Ribeiro Cristóvão

Assim, sim

12 set, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Ao contrário do que tem acontecido em tempos recentes, começa deste modo a vislumbrar-se a possibilidade de cedo se tornar possível evitar as aflições de última hora.

Assim, sim

Depois das críticas (justas) dirigidas à modesta exibição da selecção nacional frente ao Luxemburgo, em que apenas se salvaram os pontos, é justo enaltecer agora o excelente comportamento da mesma equipa no jogo com o Azerbeijão, numa noite em que o resultado do jogo poderia ter ficado para a História.

A má pontaria de muitos dos nossos jogadores, os ferros das balizas do estádio AXA, é justo dizê-lo, a grande exibição do guarda-redes azeri, acabaram por se tornar nos grandes responsáveis por essa carestia de golos que quase deixava toda a gente à beira de um ataque de nervos.

Ficou assim confirmado que os jogadores escalados por Paulo Bento compreenderam e aceitaram o azedume dos muitos reparos que lhes foram dirigidos, encontrando nos mesmos o impulso necessário para reverter uma situação que não poderia repetir-se sob pena de começar cedo a comprometer a presença portuguesa em mais uma fase final internacional de futebol.

Amealhados seis pontos, que se constituem numa preciosa embalagem, segue-se um rápido intervalo até à complicada tarefa que vem a seguir. No dia 12 de Outubro, Portugal defronta o mais perigoso concorrente do seu grupo, a Rússia, que alimenta igualmente justificadas esperanças de chegar em primeiro lugar no fim da corrida para o Mundial.

Pelas consequências que arrasta consigo, este é, por isso, o desafio mais exigente que agora se coloca à nossa selecção. Vencendo em Moscovo, e esse é um objectivo que está perfeitamente ao nosso alcance, a selecção lusa terá assim a possibilidade de descolar do adversário e, a partir daí, encarar o futuro com maior tranquilidade e optimismo.

Ao contrário do que tem acontecido em tempos recentes, começa deste modo a vislumbrar-se a possibilidade de cedo se tornar possível evitar as aflições de última hora.