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Ribeiro Cristóvão

Rumo ao Brasil

10 set, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Frente ao Azerbaijão exige-se uma vitória que não deixe dúvidas sobre a actual capacidade dos futebolistas portugueses e, por acréscimo, um comportamento nos planos técnico e táctico que não volte a envergonhar e a desiludir os adeptos portugueses.

Rumo ao Brasil

Depois da modesta exibição da selecção portuguesa frente ao Luxemburgo na passada sexta-feira, mas que ainda assim valeu os três indispensáveis pontos, para o jogo de hoje, em Braga, frente a um adversário ainda de menor quilate, exigem-se, no mínimo, duas coisas:

Antes de tudo, uma vitória que não deixe dúvidas sobre a actual capacidade dos futebolistas portugueses e, por acréscimo, um comportamento nos planos técnico e táctico que não volte a envergonhar e a desiludir os adeptos portugueses.

Frente ao Azerbaijão, que ocupa o modesto lugar 107 do ranking da FIFA, o qual, recorde-se, elevou neste mês de Setembro Portugal à condição de quarto classificado, a exigência não pode ser feita através de meias palavras, antes deve colocar, sem tibiezas, os jogadores portugueses perante as suas responsabilidades no tocante à entrega que não se viu no desafio inaugural da fase de qualificação do próximo campeonato do mundo.

Paulo Bento foi o primeiro a reconhecer a desastrada actuação do onze nacional e o desagrado generalizado que a mesma justificou acentuando, por outro lado, que a mensagem que procurou transmitir aos jogadores não teve nem o impacto nem a aceitação que ele próprio desejava.

Ter-se-à, deste modo, repetido um hábito instalado há muito entre nós, segundo o qual só vale mesmo a pena dar maior intensidade à aplicação de todos os jogadores da selecção quando a máquina calculadora é chamada a fazer contas em momentos atribulados de última hora.

O seleccionador português talvez deva agora proceder a algumas alterações relativamente à equipa que fez alinhar no Grão-Ducado. Alguns jogadores merecem-no, e Paulo Bento sabe isso melhor do que nós.

Além do mais, a jogar em casa, frente a um adversário tão modesto, parece serem dispensáveis cuidados defensivos como os que foram visíveis perante o Luxemburgo, e que em pouco ou nada resultaram.

É igualmente importante que não comece a esbater-se a ligação entre o público e a selecção que foi possível recuperar depois da desastrada campanha da África do Sul. Em Braga, hoje à noite, estão por isso, muitas coisas em jogo.

Espera-se que as críticas, bem intencionadas, que se espalharam por todo o país nos últimos dias não tenham caído em saco roto.