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Ribeiro Cristóvão

Afinar as máquinas

23 jul, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Há grupos onde o trabalho vai mais adiantado, com resultados que começam também a confirmar a justeza de um certo optimismo que, por norma, neles se instala sempre por esta altura.

Afinar as máquinas

Os clubes portugueses, todos os clubes, puseram já em andamento as suas máquinas visando o objectivo de entrarem a curto prazo num ritmo aceitável que torne possível iniciar a temporada que está à porta devidamente afinadas.

E, nalguns casos, os progressos têm sido evidentes. Há no entanto alguns que ainda registam alguma dificuldade em chegar ao modelo desejado, muito por culpa das várias inovações introduzidas nas equipas, o que obriga a acertos e experiências que tardam sempre algum tempo a produzir o efeito pretendido.

Com o foco a incidir de modo muito especial nos clubes grandes, é ainda cedo para tirar conclusões. Nota-se, contudo, que há grupos onde o trabalho vai mais adiantado, com resultados que começam também a confirmar a justeza de um certo optimismo que, por norma, neles se instala sempre por esta altura.

No Futebol Clube do Porto, apesar de alguns retoques ainda possíveis na sua estrutura, a ideia-base de uma equipa vocacionada para ganhar não parece ter sofrido alterações. É verdade que existe a possibilidade de virem a registar-se algumas saídas, mas nem essa circunstância deverá  provocar mudanças de monta.

Já no Benfica parece existir, por enquanto, um grau de exigência maior no que toca à    clarificação de alguns pontos nebulosos que ainda se notam na equipa. Jorge Jesus continua a fazer experiências com base numa filosofia de jogo com a qual nem todos os benfiquistas concordam e, por outro lado, a reclamar o recurso ao mercado que permita encontrar soluções para lugares sobre os quais alimenta dúvidas.

Depois de algumas vitórias sem grande expressão, a derrota contra os holandeses do PSV fez soar de novo o alarme e, particularmente em relação ao sector defensivo, as críticas continuam a deixar transparecer alguma contundência.

Quanto ao Sporting, o seu mais recente jogo contra uma equipa da segunda divisão inglesa permitiu detectar melhorias, mas sem que no entanto se tenha descortinado uma linha de continuidade que se espera de uma equipa com ambições. Isto é, registou-se um certo avanço nos primeiros quinze minutos do desafio com o Sheffield, mas depois tudo pareceu regressar ao habitual.

Com tantas mudanças, muito trabalho espera ainda Sá Pinto neste longo período que nos separa do início das competições oficiais.

Para terminar, uma nota curiosa deste atípico início de temporada. Como todos os demais, também o Marítimo regressou ao trabalho. Um momento especial que o seu Presidente aproveitou para pedir desculpa aos adeptos e ao treinador, por não ter sido possível contratar novos jogadores.

Um claro sinal dos novos tempos…