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Ribeiro Cristóvão

Faltava a lotaria

25 jun, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Sobreviveu a Itália, com toda a justiça: foi a melhor das duas equipas, e merece defrontar a seguir a Alemanha numa eliminatória aguardada com enorme expectativa dada a forma diferente de actuar que têm patenteado.

Faltava a lotaria

O fim-de-semana permitiu apertar ainda mais o crivo do Europeu pelo que, na viagem de regresso a casa da República Checa, se juntaram igualmente a Grécia, a França e ontem também a Inglaterra. Agora, nas meias-finais, que vão decorrer quarta e quinta-feira, sobrevivem as selecções de Portugal, da Alemanha, da Espanha e da Itália.

Em jogos sem surpresas de maior, imperou a lógica. E assim, foi possível ver seguir em frente os mais fortes, quatro, que prometem desafios de enorme qualidade e emoção na ponta final do campeonato.

Os alemães eliminaram facilmente a envelhecida equipa da Grécia, cujo ciclo actual parece ter chegado ao fim arrastando consigo a inevitabilidade de criar um novo projecto para o futebol helénico, que Fernando Santos tem capacidade para protagonizar.

A Espanha conseguiu, finalmente, vencer a vizinha França em competições internacionais. E não foi preciso muito, tal a diferença de qualidade que ficou à vista num jogo em que os gauleses voltaram a confirmar grandes insuficiências.

Finalmente, no jogo de ontem, em Kiev, entre a Inglaterra e a Itália, a singularidade do prolongamento e do desempate por penalties pela primeira vez nesta competição, e que já foi tão frequente em edições anteriores.

Sobreviveu a Itália, com toda a justiça: foi a melhor das duas equipas, e merece defrontar a seguir a Alemanha numa eliminatória aguardada com enorme expectativa dada a forma diferente de actuar que têm patenteado.

Já faltava neste Europeu a lotaria das grandes penalidades. Acabaram por sair vencedores os italianos, que viram assim premiada a capacidade de errar menos do que o adversário inglês.

Com este apuramento para as meias-finais, temos, assim, entre as quatro participantes, três selecções provenientes de países de origem latina.
E não é por acaso que Portugal também faz parte desse pequeno lote.