Check aos checos

Portugal viveu antes do jogo com a República Checa um clima de verdadeira euforia, quando parecia mais recomendável, como veio a confirmar-se, enveredar por uma certa prudência para assim evitar surpresas desagradáveis.

Não havia dúvidas quanto à superioridade da selecção portuguesa, mas numa competição com as características do Europeu é sempre possível surgirem imponderáveis.

Os onze escolhidos por Paulo Bento, os mesmos de sempre, até nem entraram bem no jogo, em cujos primeiros minutos a selecção checa confirmou a ideia de que poderia tornar-se num verdadeiro quebra-cabeças. Não foi, aliás, caso virgem neste campeonato.

Só que, passada essa onda, a equipa das quinas tomou conta das operações, e dominou de forma soberba toda a segunda parte, vindo a marcar o golo solitário que determinou uma vitória justíssima, quando pouco mais de dez minutos nos separavam da hipótese de prolongamento.

CR7 voltou a ser a estrela da noite, acompanhado de outras excelentes exibições entre as quais se destacam as de João Moutinho e de Miguel Veloso. No entanto, foi por obra de um notável esforço colectivo que se tornou possível derrubar a barreira checa, e dar mais um passo rumo à final que cada vez mais se perfila no nosso horizonte, mesmo que haja ainda pela frente um obstáculo difícil de transpor.

Independentemente do quer vier a acontecer, Portugal está já entre as quatro melhores selecções da Europa. E, sobretudo, continua a impor respeito a quantos alimentavam dúvidas sobre se seria capaz de ir tão longe quanto se desejava.

Independentemente de quem vier a seguir, ficou demonstrado neste desafio com a República Checa, que a selecção nacional está preparada para enfrentar todos os adversários e todas as adversidades.