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Ribeiro Cristóvão

Sem alargamento

16 mai, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Caiu uma das bandeiras do novo presidente da Liga de Clubes, prevalecendo assim o bom senso que parecia estar a faltar a alguns dirigentes do futebol português.

Sem alargamento

Caiu uma das bandeiras do novo presidente da Liga de Clubes, prevalecendo assim o bom senso que parecia estar a faltar a alguns dirigentes do futebol português.

Andou bem a Direcção da Federação Portuguesa de Futebol ao recusar a proposta da Liga que apontava para o alargamento de 16 para 18 equipas no escalão principal. Igual decisão havia já sido tomada numa primeira instância, mas a persistência de manter a intenção de levar por diante essa alteração, levou Fernando Gomes e seus pares a atirar de novo borda fora essa iniciativa.

Os presidentes do Feirense e do Gil Vicente são os mais inconformados com o revés sofrido ontem: o conhecido dirigente de Barcelos porque foi uma das peças fundamentais na criação deste movimento, apesar de não recolher daí quaisquer benefícios, enquanto o líder do clube de Santa Maria da Feira porque sente na bolsa as injustiças por que foi atingido com a descida de divisão.

Sabendo-se que o Feirense tem todas as suas contas regularizadas, torna-se penoso constatar que o cumprimento dos preceitos regulamentares acaba por não lhe trazer  benefícios, dado haver outros concorrentes que, mesmo não tendo satisfeito os seus compromissos, nem por isso deixam de permanecer no escalão principal.

Para além destas situações que incumbe aos responsáveis analisar criteriosamente e sobre elas tomar decisões adequadas, outros aspectos há que não podem ser varridos para debaixo da mesa.

A situação do país, antes de mais, e por acréscimo também a do futebol, não recomendam, neste momento, que se mexa no quadro competitivo aumentando o número de clubes nas competições profissionais na perspectiva de que novas receitas de televisão e de bilheteira seriam decisivas.

Só que este argumento não passa de uma miragem.

Bom seria, pois, que entrassem em contenção tanto aqueles que preconizam o alargamento de participantes nos campeonatos, como os que estão do outro lado a recomendar a sua redução.