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Ribeiro Cristóvão

A nossa lista

15 mai, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Ainda que em casos pontuais possamos não estar inteiramente de acordo com algumas das opções do seleccionador nacional, o grupo que vai representar Portugal no Euro 2012, passou a pertencer também a todos nós.

A nossa lista

Paulo Bento escolheu, está escolhido. Ainda que em casos pontuais possamos não estar inteiramente de acordo com algumas das opções do seleccionador nacional, o grupo que vai reunir a partir do próximo dia 22 para iniciar em Óbidos essa tarefa ciclópica de representar Portugal no Euro 2012, passou a pertencer também a todos nós.

É, por isso, nestes jogadores que temos agora de concentrar a nossa esperança, mesmo sabendo que os aguarda uma caminhada marcada por grandes dificuldades, logo a partir do primeiro desafio em que a bola comece a rolar frente à Alemanha.

Não adianta estar agora a argumentar em favor de jogadores que poderiam ter sido incluídos na lista dos 23, bem como lançar dúvidas sobre a validade de algumas das escolhas do responsável. Isso seria apenas introduzir confusão num momento que deve pautar-se pela maior tranquilidade.

Parece não haver dúvidas para ninguém sobre o modo como Paulo Bento orienta os seus comportamentos. Já deu provas mais do que suficientes de que se trata de um treinador que pensa pela sua cabeça, isto é, que se orienta por ideias muito próprias, nunca delas prescindindo mesmo nos momentos de maior aperto.

À vista de todos está uma lista de 23 jogadores marcada sobretudo por um evidente conservadorismo. Uma prova inequívoca de que o seleccionador prefere ter a seu lado jogadores com os quais já contou e teve sucesso noutras alturas, do que alinhar em aventuras ou escolher de acordo com as sugestões que lhe possam ter sido sopradas aos ouvidos.

Por tudo isto, este tempo marca também a ruptura com processos que não trouxeram nada de bom em tempos recentes de má memória. Pelo menos teremos a garantia de que o grupo escolhido para o Euro-2012 vai funcionar como tal, e que as “historinhas” de caserna, mesmo que venham a existir, não encontrarão espaço para publicação.