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Ribeiro Cristóvão

Sem descolar

19 mar, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Com sete jornadas para cumprir, e com um calendário em que as dificuldades se distribuem de forma equitativa, Porto Benfica e Braga seguem na dianteira separados por apenas um ponto, e sem que qualquer destas equipas dê mostras de poder ceder terreno de forma irremediável.

Sem descolar

Vamos ter, assim, uma ponta final de campeonato à revelia de todas as previsões, podendo até vir a acontecer que as grandes decisões surjam apenas no ocaso de uma edição tão competitiva. De momento, o comando pertence aos portistas.

Porém, a escassa vantagem de que dispõem em relação aos perseguidores mais directos poucas garantias dão quanto à permanência nesse lugar.

As suas mais recentes exibições nem sequer permitem alimentar esperanças de um final feliz. Os jogos pouco conseguidos e os resultados que se lhes juntaram, trazem os adeptos do dragão em permanente sobressalto, depois de uma vitória recente na Luz lhes ter permitido sonhar que o título estava ali mesmo ao alcance da mão.

O Benfica, ao contrário, depois de um apagamento que lançou nas hostes uma onda de grande instabilidade, voltou ao normal e promete luta até ao fim.

O difícil calendário que tem pela frente, em cujas contas entra também a Liga dos Campeões, arrasta consigo exigências capazes de colocarem à prova a valia de um plantel de inegável qualidade, mas cuja resistência vai agora ter de confirmar.

Quanto ao Sporting de Braga, aí temos a confirmação de um percurso todo ele construído na base de trabalho sério e organizado a projectar os minhotos para um patamar que derrota a velha teoria segundo a qual o futebol português não comporta mais do que três grandes.

Sem espaventos, o grupo bracarense continua a não ceder à tentação de ser arvorar em candidato a um título que neste momento está perfeitamente ao seu alcance, reconhecendo os escolhos que o espera até ao fim.

Se conseguir manter a regularidade de que vem dando mostras, é bem possível que daqui por sete semanas estejamos perante uma daquelas surpresas que o futebol português não fornece com tanta regularidade quanto seria desejável.

Finalmente, o Sporting, atrasado é certo, mas renascido das cinzas e a fazer regressar o optimismo dos seus prosélitos. As últimas exibições, em jogos internacionais,  acenderam uma luz ao fundo do túnel, e a equipa deu mostras de querer voltar aos bons velhos tempos.

Só que o teste de Barcelos não ajudou a fazer renascer a esperança, antes ressuscitou velhos fantasmas que pareciam banidos de Alvalade.

Sem esquecer mais uma má arbitragem de Bruno Paixão, sempre ele, a verdade é que, a nível nacional, o Sporting prossegue uma carreira de insucessos que atiram a equipa para um modesto quinto lugar.

E porque já não vai ser possível descer mais…