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Ribeiro Cristóvão

Vergonha

01 mar, 2012 • Ribeiro Cristóvão

A agência Lusa acaba de tomar a decisão de dar sem efeito a notícia que em que referia alegados encontros de Domingos Paciência com responsáveis do FC Porto, quando ainda se encontrava ao serviço do Sporting, e tiveram como consequência o seu despedimento.

Vergonha

A agência Lusa acaba de tomar a decisão de dar sem efeito a notícia que, com grande impacto divulgara recentemente, e na qual referia alegados encontros de Domingos Paciência com responsáveis do Futebol Clube do Porto quando ainda se encontrava ao serviço do Sporting, e tiveram como consequência o seu despedimento.

O arrazoado do texto que chegou agora ao conhecimento do público é simplesmente lamentável, como são inaceitáveis as justificações para tal decisão editorial, sobretudo quando se afirma que a agência “não conseguiu reunir provas conclusivas de que a fonte da notícia tenha apresentado informações falsas ou tenha agido de má fé”.

É verdadeiramente monstruosa esta justificação. Então se a notícia não é baseada em informações falsas como afirma, por que razão a agência a anula com base em motivos opostos, isto é, porque não tem qualquer fundo de verdade?

A Lusa tem certamente conhecimento dos rumores que correm por muitas redacções deste país, onde também se comentam à boca cheia os nomes do informador e de quem escreveu a notícia. Do mesmo modo deve reconhecer os estragos causados a um profissional sério, traído por alguns que só tardiamente terá conhecido bem e que antes incluía no seu número de “amigos”.

Domingos Paciência não será, tudo indica, treinador do Futebol Clube do Porto nos tempos mais chegados. Quem conhece minimamente o presidente do clube, sabe que tudo fará para não dar razão a uma notícia “falsa” e ver-se assim envolvido na trama que a agência Lusa montou com a conivência de um oportuno informador.

Espera-se que pelo menos um dos protagonistas deste lamentável acontecimento, no caso o treinador Domingos Paciência, não se deixe anestesiar por tão inócuas e descabeladas justificações, levando até às últimas consequências, como de resto prometeu na devida altura, uma leviandade que envergonha o jornalismo português.