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Ribeiro Cristóvão

Afinal... tudo normal

23 jan, 2012 • Ribeiro Cristóvão

"Tivemos o Sporting do costume, que só não perdeu frente à equipa algarvia porque o guarda-redes Rui Patrício, o melhor em campo, evitou que o escândalo assumisse foros de maior espectacularidade".

Afinal... tudo normal

Faltava o jogo de Olhão para completar uma jornada até aí normal, e que acabou por não trazer nada de novo.

Isto é, tivemos o Sporting do costume, que só não perdeu frente à equipa algarvia porque o guarda-redes Rui Patrício, o melhor em campo, evitou que o escândalo assumisse foros de maior espectacularidade.

A equipa Domingos não foi assim capaz de dar um safanão na crise, antes repetiu as exibições de baixa qualidade a que temos assistido nos últimos tempos.

Por isso, com o empate em Olhão, o Sporting alarga o fosso que o separa do Benfica, treze pontos, do FCPorto, onze pontos e do Braga, cinco pontos.

É caso para perguntar, onde vai parar o descalabro que ninguém dá mostras de inverter numa equipa debilitada emocionalmente e cujo estado de saúde inspira cada vez maiores cuidados?

Quanto ao resto da jornada e de uma maneira geral, os mais favoritos cumpriram as suas obrigações ao não permitirem surpresas, e dando azo a que nada de novo tenha surgido na tabela classificativa.

Registo especial para a vitória do Paços de Ferreira após um longo e sofrido jejum de três meses.

Na capital do móvel pode agora respirar-se de alívio, uma vez que a linha de água passou a estar bem mais próxima, e o futuro já não prenuncia tantas apreensões.

Na frente, tudo na mesma.

Benfica e FCPorto mais não fizeram do que cumprir o que deles se esperava.

Os adversários minhotos, que couberam a ambos, ainda chegaram a oferecer alguma resistência, mas a força acabou por falar mais alto e ditar a sua lei.

Curiosa, e mais prolongada do que muitos estariam à espera, tem sido a carreira do Marítimo.

Mais uma vitória fora de portas e um consistente quinto lugar, que permite acalentar esperanças de chegar à melhor época de sempre e ao regresso aos palcos europeus.

E, por fim, destaque para o imenso pelotão que integra os aflitos, e que nessa situação se irão manter ainda nos tempos mais chegados.

Embora haja alguns em situações mais preocupantes do que outros, a verdade é que seis pontos apenas separam os dois “Vitória”, o de Guimarães e o de Setúbal, isto é, apresenta-se perfeitamente recuperável a diferença entre o sexto e o décimo quinto-classificados.

Juntando a isto a colagem do duo da dianteira, é caso para dizer que temos campeonato.