13 jan, 2012
A revolta dos pequenos deu frutos, e a partir da vitória de Mário Figueiredo abre-se agora um novo ciclo no futebol profissional, de consequências por enquanto imprevisíveis.
É verdade que o candidato vencido se apresentava com melhor estatuto e mais elevadas credenciais.
Por si, falava a experiência colhida durante anos à volta da organização do futebol, tudo parecendo indicar recomendável o seu currículo.
Não era, por isso, o nome de António Laranjo que estava em causa.
Havia, outrossim, questões mais importantes que se arrastavam há largos anos e se prendiam com a sobrevivência dos clubes mais pequenos.
Esta era, pois, a altura de alterar o paradigma, trazendo mais equilíbrio às competições, o que só seria possível perante condições não tão desajustadas no plano financeiro como actualmente está à vista.
E foi o que aconteceu.
Os mais desfavorecidos sacaram da arma mais poderosa ao seu alcance, o voto, e proclamaram assim a sua inabalável vontade de iniciar vida nova e comum a todos.
Agora há um longo caminho a percorrer e muitas dificuldades a enfrentar, sendo para já recomendável que não se entre em aventuras irrealizáveis, mas sim que impere o bom senso e sem pressas injustificadas para cumprir promessas que exigem amplo debate.
Com uma nova Liga e uma nova Federação está à porta o momento da mudança.
Bom será que ambas não venham a ser acusadas mais tarde de terem desperdiçado esta excelente oportunidade.