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Ribeiro Cristóvão

Afinal, era possível

23 nov, 2011 • Ribeiro Cristóvão

O sonho portista de continuar a luta na Liga dos Campeões era afinal possível como ficou demonstrado esta noite no sudoeste da Ucrânia, onde os dragões venceram, sem discussão, o Shakthar Donetsk.

Afinal, era possível

O sonho portista de continuar a luta na Liga dos Campeões era afinal possível como ficou demonstrado esta noite no sudoeste da Ucrânia, onde os dragões venceram, sem discussão, o Shakthar Donetsk.

A crispação que se tem feito sentir à volta da equipa fica deste modo mais atenuada, que não totalmente desvanecida, aguardando-se agora o desafio final desta fase de grupos, no qual o Futebol Clube do Porto vai jogar tudo por tudo frente à difícil equipa do Zenit, que se bate agora por objectivos iguais aos do campeão português.

Ficam assim acertadas as contas, ao mesmo tempo que se atenua o clamor portista que se tem feito sentir sobre os jogadores e o seu técnico, arrastando consigo as mais justificadas desconfianças.

Fica por se saber se a nível interno esta equipa será também capaz de operar a reviravolta, e reconciliar-se definitivamente com a sua massa associativa.

Não falta muito para que surja essa oportunidade: no fim-de-semana que se segue, o embate com o Sporting de Braga, no estádio do Dragão, poderá confirmar a recuperação ou, na pior das hipóteses, prolongar a crise.

O jogo mais importante fica no entanto em banho-maria até ao dia 6 de Dezembro, quando os portistas receberem o Zénit para o embate da grande decisão.

À medida que se vão rasgando as folhas do calendário sobe o nível de exigência para com uma equipa que baixou o seu rendimento muito para além do aceitável. Agora, para repor a confiança vai ser necessário um esforço hercúleo de todos, para evitar que o chicote funcione por alturas da festiva quadra do Natal.

Têm a palavra os jogadores, que esta noite demonstraram que talvez fosse evitável a ameaça de derrocada que pairou sobre o Dragão, se o espírito de conquista não se tivesse injustificadamente afastado do grupo.