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Ribeiro Cristóvão

Sessão dupla

07 nov, 2011 • Ribeiro Cristóvão

Dois empates, em sessão dupla, com Porto e Benfica a repetirem exibições demasiado pálidas em dias consecutivos.

Sessão dupla

Ficou para trás uma jornada que chegou a despertar grande expectativa que, entretanto, os principais jogos acabaram por não justificar.

Dois empates, em sessão dupla, com Porto e Benfica a repetirem exibições demasiado pálidas em dias consecutivos, e a que se juntou outra decepcionante actuação do Sporting, ontem à noite.

De facto, no topo da classificação, o futebol de qualidade não abunda.

As mais recentes apresentações públicas, a nível de competições europeias, já haviam suscitado largas reservas quanto à valia actual das equipas de maior cotação.

Agora, a nível doméstico, repetiu-se a dose, reforçando assim a ideia de que se torna  urgente ultrapassar esta fase.

Mais do que os empates de Porto e Benfica, é a condição de ambas equipas que perturba os seus prosélitos, cada vez mais cépticos perante a ideia de que tudo deve continuar como está a nível dos respectivos comandos técnicos.

Sobe de tom, sobretudo, a contestação às opções tantas vezes discutíveis que são assumidas em cada jogo e para cada equipa e que, de um modo geral, não se têm traduzido em melhorias visíveis.

Já quanto ao Sporting, o que espanta é a queda abrupta de uma equipa que vinha de uma longa série de resultados positivos, e alguns deles obtidos, inclusive, mercê de actuações bem conseguidas.

É verdade que a longa lista de lesões explica alguma coisa, mas está bem longe de justificar tudo.

Por outro lado, destaques merecidos para Marítimo e Sporting de Braga.

Os madeirenses, porque persistem nos bons resultados, e por isso mantêm a perseguição aos lugares de topo, os minhotos porque reentram no trilho de um sucesso muito semelhante ao que marcou a temporada anterior.

Outros minhotos, os de Guimarães, dão também mostras de querer regressar aos bons velhos tempos.

Para além do salto qualitativo dado na classificação, começa igualmente a despontar a convicção de que vai ser agora possível manter a margem de progressão evidenciada com a goleada desta jornada, que não pode ser considerada obra do acaso.

Numa altura em que fica fechado o primeiro terço do campeonato, é caso para se dizer que muita água vai ainda passar sob as pontes.

Nem os da dianteira estão em condições de respirar de alívio, nem os mais atrasados caminham para situações desesperadas.

Entretanto, com mais uma longa paragem dos campeonatos profissionais pela frente, concentremo-nos na difícil tarefa que a nossa selecção tem pela frente, e na qual joga a sua participação no Campeonato da Europa do ano que vem.

Tal como acontece com os nossos principais clubes, também se espera que as actuações que se seguem ajudem a melhorar o estado de desânimo em que o País se encontra mergulhado.