16 set, 2011 • Ribeiro Cristóvão
Assim são, nestes tempos, alguns clubes portugueses.
Mergulhados em situações caóticas no plano económico e financeiro, os seus dirigentes vêem, o entanto, os seus pesadelos atenuados quando acontecem bons resultados às respectivas equipas de futebol.
Daí que, por estes dias, ninguém ouse comentar a situação de afogamento em que os nossos principais clubes estão mergulhados.
Os bons resultados alcançados nas competições europeias por Benfica, Porto, Sporting e Sporting de Braga, foram um bálsamo que atenua muitos sobressaltos e relega para plano secundário as permanentes e grandes preocupações.
E, perante isto, os dirigentes melhoram o tom a um discurso quase sempre pessimista, e procuram fazer crer que as soluções para os problemas mais complicados vêem a caminho.
Ainda bem que os bons resultados acontecem e que, por via deles, se torna possível passar a um estado de maior optimismo, beneficiando igualmente a relação de proximidade tantas vezes ausente entre responsáveis e adeptos
Não se podia pedir mais neste arranque das competições europeias.
A Europa do futebol vai certamente intensificar as suas atenções para com os clubes portugueses, o que também exigirá um comportamento se possível de maior qualidade nas jornadas que se seguem.
E a nível interno, ficou igualmente provado que é possível fazer melhor.
A sineta das dívidas e dos passivos fica momentaneamente calada, permitindo aos dirigentes inventar novas fórmulas que ajudem a renovar a capacidade de começar a sair do buraco em que todos, sem excepção, se encontram.