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Ribeiro Cristóvão

Foi pena

15 jun, 2015 • Ribeiro Cristóvão

Da Arménia à República Checa, com passagem pela Nova Zelândia, é possível fazer já algumas contas e, ao mesmo tempo, traçar diversas perspectivas sobre as nossas selecções.

Em vertigem impressionante nesta altura do ano, quando a actividade futebolística, com férias à vista, está quase a correr o pano, regista-se um largo movimento de várias das nossas selecções, a confirmar o estatuto a que já acedemos há largos anos.

Da Arménia à República Checa, com passagem pela Nova Zelândia, é possível fazer já algumas contas e, ao mesmo tempo, traçar diversas perspectivas.

A primeira e mais positiva nota vai para a selecção principal. Ganhar em Erevan representou um passo decisivo com vista a conseguir o apuramento para o Europeu-2016, com Cristiano Ronaldo a merecer a nota mais alta por ter sido, mais uma vez, o grande obreiro de uma vitória apertada.

Fica como menos agradável a frouxa exibição da selecção escolhida por Fernando Santos, o que, aliás, tem sido recorrente nesta fase de apuramento. Ou ouvirmos o seleccionador proclamar o seu desejo de chegar a campeão da Europa no próximo ano, fica a sensação de que com a fraca qualidade do futebol exibido será praticamente impossível atingir esse desiderato.

Já a selecção de sub-20 anos deixou indicações claras que há razões para confiar, no futuro, na maioria dos seus jovens jogadores.

É verdade que não foi possível ultrapassar a fasquia dos quartos-de-final do mundial, mas fica o consolo das boas actuações produzidas e de só nas grandes penalidades se ter produzido um afastamento injusto frente ao Brasil.

E na República Checa começa, na quarta-feira, o Europeu de sub-21 anos, com oito selecções divididas em dois grupos. Na parte que nos toca, teremos a Inglaterra no dia 18, a Itália três dias depois, e a Suécia no dia 24, sempre em Praga.

Nesta 20ª edição estarão ainda, no Grupo A, a Alemanha, Dinamarca, Sérvia e o país organizador, a República Checa.

Perante este quadro, não vale a pena chamar a atenção para as dificuldades que vêm aí. Há, no entanto, a certeza de que os comandados de Rui Jorge estão preparados para as enfrentar de dar-lhes a necessária resposta.