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Ribeiro Cristóvão

Estragar a festa

18 mai, 2015

Os méritos dos resultados alcançados ficam a dever-se a um extenso rol de protagonistas. Só foi pena que a noite não tenha sido o prolongamento apoteótico da festa iniciada à tarde na cidade do Fundador.

O Benfica garantiu ontem, em Guimarães, a conquista do título de campeão nacional de futebol antecipando a festa que também poderia vir a ter por cenário o estádio da Luz uma semana depois.

É um prémio justificado pela regularidade evidenciada por um grupo que começou a época sob o cepticismo de muitos, mas que chega ao fim sem que possam ser colocadas reservas à sua prestigiada conquista.

No comando de um enorme pelotão desde a quinta jornada, a equipa de Jorge Jesus foi ultrapassando todas as dificuldades de vária ordem com que se defrontou durante um percurso de quase onze meses, para terminar sem que os seus adversários mais directos possam esgrimir argumentos que tentem retirar brilho à vitória.

Os méritos dos resultados alcançados ficam a dever-se a um extenso rol de protagonistas. Em primeiro lugar, o Presidente Luís Filipe Vieira, que idealizou um projecto ganhador, ao qual o treinador deu corpo e os jogadores interpretaram de forma sublime, juntando a tudo isto o apoio incondicional de permanente de uma massa associativa fiel que não pode ser desligada do sucesso alcançado.

Só foi pena que a noite não tenha sido o prolongamento apoteótico da festa iniciada à tarde na cidade do Fundador. Os incidentes registados no Marquês de Pombal, cenário preparado para a grande celebração em família, tenha desviado a rota e terminado da forma mais lamentável.

Uma nódoa que fica a manchar um acontecimento que merecia ser coroado por intenso brilho, que sobra também como um aviso neste final de temporada em que outras festas do mesmo teor poderão vir a ter participantes de outros emblemas.

O Benfica merecia um final de domingo mais feliz.

Assim, não o quis um pequeno grupo de desordeiros que, mesmo em pequeno número, chegaram para estragar a festa.