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Ribeiro Cristóvão

Reconhecimento

25 mar, 2015 • Ribeiro Cristóvão

A eleição de Fernando Gomes vem reforçar o prestígio do futebol português na Europa, muito cimentado também por figuras de extraordinário relevo como Eusébio, Cristiano Ronaldo e Luís Figo.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, acaba de ser eleito para o Comité Executivo da UEFA obtendo, entre os doze candidatos a sete lugares naquele órgão, o maior número de votos expressos, o que corresponde também à percentagem mais alta alguma vez alcançada por outros representantes portugueses.

Recorda-se que o futebol português teve até hoje como seus representantes maiores naquela estrutura do futebol Europeu, Cazal-Ribeiro em 1968, Silva Resende em 1984 e Gilberto Madaíl em 1984.

A eleição de Fernando Gomes vem assim reforçar o prestígio de que o futebol português desfruta na Europa, muito cimentado também por figuras de extraordinário relevo como são, sobretudo, os casos de Eusébio, Cristiano Ronaldo e Luis Figo.

Michel Platini foi, tal como se esperava, reconduzido no cargo de dirigente máximo da UEFA para os próximos quatro anos, para cujo período traçou, entretanto, um esboço daquele que vai ser o seu programa de acção.

Entre outras medidas, Platini propõe-se continuar o combate à interferência política nos assuntos da federações, reforçar o combate à viciação de resultados, ao “doping” e à violência, racismo e outras formas de descriminação.

Do seu programa consta ainda o estudo de medidas mais severas com vista a reforçar a segurança nos estádios, bem como levar os decisores políticos à constituição de uma força policial europeia para o Desporto.

Relativamente a outra matéria muito sensível, o dirigente francês exige o cumprimento rigoroso dos contratos estabelecidos com os jogadores profissionais, reforçando que o estabelecimento de condições mínimas para os proteger é uma questão de princípio.

O problema dos fundos no futebol, colocado recentemente na agenda tanto por Platini como por Blatter, não mereceu, para já, do Presidente da UEFA qualquer menção especial, certamente por ser ele próprio a reconhecer que se trata de um assunto deveras melindroso e que por isso requer um estudo mais aprofundado.

Quanto a Fernando Gomes, a capacidade já demonstrada na gestão futebol português, permite augurar-lhe um mandato marcado pela qualidade na defesa do estatuto que se deseja ver reforçado.