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Ribeiro Cristóvão

Do mal, o menos

06 mar, 2015 • Ribeiro Cristóvão

Sporting confirmou na Madeira que atravessa o pior período da sua equipa desde Agosto. Os próximos jogos são cruciais.

Sem ter conseguido, pela quarta vez consecutiva, vencer fora de Alvalade, o que constitui o seu pior registo nesta temporada, o Sporting regressou da Madeira com um empate, com golos, que lhe permite manter intacta a esperança de estar no Vale do Jamor, no próximo dia 31 de Maio, para aí tomar parte na festa da final da Taça de Portugal.

Apesar disso, os leões têm ainda pela frente um obstáculo a transpor quando, daqui por um mês, voltarem a ter pela frente a mesma equipa que ontem à noite, na Choupana, lhes criou algumas dificuldades.

Tendo vencido apenas um dos últimos sete jogos disputados, o Sporting confirmou, na capital funchalense, que este é pior período que a sua equipa atravessa desde Agosto.
E não apenas por isso. Mas também, e sobretudo, porque as suas exibições se mantêm insatisfatórias, com alguns dos seus jogadores mais influentes a darem a ideia de que o maior desejo que alimentam é que a temporada chegue ao fim o mais depressa possível.

E nem vale a pena apontar nomes. Basta comparar as exibições de alguns deles no passado recente para reforçar a convicção de que o abalo sentido pelo que aconteceu no jogo com Benfica e os demais que lhe sucederam, funcionaram como um tsunami, que deixou a equipa abalada e a bater-se apenas em uma das frentes.

Embora com um calendário aparentemente menos difícil, no que falta cumprir do actual campeonato, o Sporting tem agora na sua peugada uma equipa minhota que tudo vai tentar para o desalojar do terceiro lugar.

Os próximos jogos são cruciais: até novo jogo da Taça de Portugal, os leões recebem, em Alvalade, Penafiel e Vitória de Guimarães, e terão de cumprir duas deslocações, ao Marítimo e a Paços de Ferreira.

Mais dificuldades a juntar ao momento por que passa a equipa de Marco Silva, um treinador que não pode inventar mais soluções para colmatar todas as brechas, dada a exiguidade dos recursos a que pode lançar mão.

Quem diria: em cerca de vinte dias, ruíram muitos dos sonhos que o leão vinha alimentando.