Sortes diversas

Está traçada, para já, a sorte das duas equipas portuguesas ainda sobreviventes nas competições da Uefa, podendo dizer-se, em primeira instância, que não foram ambas bafejadas da mesma maneira.

À partida, coube ao Futebol Clube do Porto a melhor prenda de Natal, enquanto para o Sporting ficou reservada a fava de um bolo-rei que só em Fevereiro se saberá se fabricado de acordo com o gosto português.

Aos dragões incumbe a tarefa de medir forças com o Basileia, um clube cuja fundação remonta a finais do século 19, vencedor por quinze vezes do campeonato da Suiça mas com presenças muito residuais nas competições europeias. Não há muitas dúvidas sobre quem assenta o favoritismo neste confronto dos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Mas não é apenas esse histórico que deve ser colocado nos pratos da balança. É também, e sobretudo, o reconhecimento da maior capacidade da equipa portuguesa, que pode ver aqui, sem forçar, uma excelente oportunidade para dar mais um salto na Champions, acedendo, sem favor, aos quartos-de-final.

Já ao Sporting, na Liga Europa, reconhecem-se maiores e mais justificadas dificuldades. É que defrontar o Wolfsburgo passa por uma tarefa eivada de perigos, que alguns números justificam inteiramente deles se desconfie desde já.

Este clube alemão, surgido no pós-guerra, mais propriamente em 1945, ocupa actualmente o segundo lugar de um muito competitivo campeonato alemão, no qual o Bayern de Munique não dá hipóteses à concorrência, o que dá um tom ainda mais luzidio à actual posição na tabela do clube da Baixa Saxónia.

Dois meses nos separam do reatamento das competições da Uefa. Até lá, as circunstâncias podem no entanto sofrer alterações que obriguem a alterar o sentido previsional de agora.