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Ribeiro Cristóvão

Comportamento modesto

10 dez, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Pelo que se viu, o Benfica dispõe de recursos que, não sendo de eficaz utilização imediata, dão garantias de que o futuro não está comprometido.

Na pior época europeia da era Jorge Jesus, o Benfica está fora das competições da Uefa tendo agora de aguardar nove meses para marcar de novo presença em jogos internacionais.

É um saldo desastroso para um clube com os pergaminhos e as ambições do Benfica, que sai da Liga dos Campeões com modestos cinco pontos conseguidos no seu Grupo, em resultado de apenas uma vitória, dois empates e três derrotas.

Nos seis desafios que disputou desde Setembro passado, os campeões portugueses marcaram apenas dois golos tendo sofrido seis, uma média inaceitável, não servindo de desculpa o facto de a equipa encarnada ter iniciado a época fixada noutro objectivo, como muito bem salientou vezes sem conta o seu principal responsável técnico.

Na ressaca da passagem pela Champions talvez se compreenda agora melhor essa fixação de Jorge Jesus, para quem a conquista do título de campeão nacional foi sempre, e continua a ser, o principal alvo a atingir.

Da jornada de despedida resta o empate caseiro com os alemães do Bayer Leverkusen, e a satisfação de ter visto em acção alguns jogadores de águia ao peito que nunca tinham feito parte das opções do treinador encarnado.
Pelo que se viu, o Benfica dispõe de recursos que, não sendo de eficaz utilização imediata, dão garantias de que o futuro não está comprometido.

Esperemos para ver como vai Jorge Jesus ser capaz de gerir estas mais-valias ou se, como é seu hábito preferencial, vai continuar a optar pela contratação de “paletes” de jogadores estrangeiros, que nem sempre têm confirmado as referências de que vêm precedidos.