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Ribeiro Cristóvão

Vedeta precoce

14 nov, 2014

“Ou defesa-central, ou vou-me embora”, frisou Eric Dier. Esta estranha decisão do antigo jogador do Sporting coloca-o numa posição de “prima donna”.

Eric Dier, jogador de futebol formado nas escolas do Sporting decidiu, no começo da presente temporada, transferir-se para Inglaterra, para aí representar as cores do Tottenham.

Tratou-se de uma operação pouco rendível para o clube de Alvalade, dado que a cláusula de rescisão do contrato que firmara com o ex-presidente Godinho Lopes não era suficientemente compensatória. E esse factor contribuiu até para que a situação fosse orientada nesse sentido, ou seja, para que o jogador tivesse deixado, de forma irreversível, o clube português ao serviço do qual começava a afirmar-se.

Dier começou depois por fazer excelentes exibições com a camisola do clube londrino, mas não conseguiu manter esse nível de forma constante, o que não impediu, no entanto, que tenha sido chamado para tomar parte nos trabalhos da selecção inglesa de sub-21 anos.

Essas convocatórias repetiram-se agora para o jogo particular entre Portugal e a Inglaterra.

O seleccionador britânico, Gareth Southgate, antigo central do Crystal Palace, Aston Villa e Middlesbrough, chamou Eric Dier para o utilizar como defesa-direito, lugar onde actuou em 11 vezes nas treze que representou a inglesa selecção de sub-21 anos. “Ou defesa-central, ou vou-me embora”, frisou bem o jogador.

Desta vez, Eric Dier não esteve pelos ajustes, e por isso pediu para abandonar os trabalhos de preparação e regressar ao seu clube, não tendo por isso defrontado ontem à noite a selecção portuguesa.

Esta estranha decisão do antigo jogador do Sporting coloca-o numa posição de “prima donna”, completamente inaceitável.

Ainda sem estatuto de vedeta, longe disso, Eric Dier talvez tenha agora, com esta atitude, dado alguma razão àqueles que nada se incomodaram com a sua saída prematura do Sporting.