Águia mais sozinha

O empate do FCPorto no campo do Estoril Praia e a forma como a equipa nortenha se exibiu na Amoreira ressuscitaram algumas dúvidas sobre os critérios e as ideias que Lopepetgui segue na condução de alguns jogos.

Afinal, quando parecia que o técnico espanhol tinha, finalmente, encontrado o rumo certo dando com isso a ideia de que estava encontrado o modelo mais recomendável para o onze nortenho, eis que um empate na Amoreira deixa de novo à vista reticências para as quais ainda vai certamente demorar algum tempo a encontrar as respostas adequadas.

Aproveitou assim o Benfica para se distanciar um pouco mais no primeiro lugar da tabela, ainda que para isso não tenha contribuído com uma boa exibição na Madeira.

Na presente conjuntura, e face a exibições menos conseguidas, uma grande fatia dos adeptos do clube da águia continuam a reagir com alguma desconfiança.
O futebol de Jorge Jesus não é convincente, alguns dos seus jogadores mais influentes continuam a não inspirar a mesma confiança que já foram capazes de transmitir no passado.

E no Sporting também não visíveis as melhoras que o mais recente jogo da Champions deixara transparecer. O empate com o Paços de Ferreira em Alvalade foi, por isso, a consequência de uma exibição inconstante e do nervosismo latente à flor da pele de muitos jogadores do leão.
Talvez a longa pausa que se segue lhes traga tranquilidade para conseguirem recuperar o espaço que começa a ficar preocupantemente reduzido.

Têm aproveitado esta menos constante carreira dos grandes, um considerável lote dos “outros” que se intrometeram sorrateiramente nas suas vidas.
E assim é possível ver, com todo o mérito, o Vitória de Guimarães no segundo lugar, e Belenenses, Sporting de Braga e Paços de Ferreira todos à frente do Sporting, relegando a equipa de Alvalade para um modesto sétimo lugar.

Ainda não se pode falar de igualdade no futebol português mas, em boa verdade, começa a haver disso alguns indícios.
Veremos se são para continuar.