Emissão Renascença | Ouvir Online

Ribeiro Cristóvão

Como sair disto?

16 out, 2014 • Ribeiro Cristóvão

A política e os conflitos regionais invadiram, mais uma vez, um espaço que não lhes pertence, obrigando à suspensão do jogo entre a Sérvia e a Albânia.

A jornada europeia de terça-feira espalhou emoção a rodos pelo velho continente.
Houve de tudo, desde a ressurreição portuguesa ao afundanço alemão, sem esquecer a rebelião de Belgrado, que constituiu a nota mais negativa até hoje registada nesta fase de qualificação para o Campeonato da Europa.

Se é verdade que Portugal saiu do buraco negro em que entrara após o desaire frente à Albânia arrebatando três pontos preciosos em Copenhaga e que lhe dão novo alento para o que resta do calendário, já os germânicos reincidiram no insucesso que carregavam desde o jogo inaugural com a Polónia.

De facto, o empate consentido em casa frente à República da Irlanda, lança até sérias dúvidas sobre a possibilidade de apuramento dos alemães, ainda que haja um longo caminho a percorrer. O que ficou como amostra dá, sem dúvida, para preocupar.

O caso maior chegou porém de Belgrado com a suspensão do jogo entre a Sérvia e a Albânia.
Mais uma vez, a política e os conflitos regionais invadiram um espaço que não lhes pertence numa noite de vergonha que não pode ser votada ao esquecimento.

A “bola” está, a partir de agora, do lado dos dirigentes da Uefa, que têm em mãos um problema difícil de resolver.
A punição será conhecida no próximo dia 23, podendo desde já ser feita uma previsão baseada nos diversos possíveis ângulos.

Fazer jogar os minutos que faltam? Mas onde e quando?
Castigar ambas as selecções com derrota? Seria beneficiar terceiros, entre os quais Portugal.
E o que fazer com os futuros desafios entre Sérvia e Albânia? Em campo neutro? À porta fechada?

Enfim um cacharolete de hipóteses que já estão a dar, seguramente, aos dirigentes da Uefa, um ror de dores de cabeça.