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Ribeiro Cristóvão

Tempo perdido

07 out, 2014 • Ribeiro Cristóvão

O encontro que ontem reuniu representantes de todos os clubes abre finalmente caminho à clarificação de uma situação que ameaçava ferir de morte a Liga de Clubes.

Os clubes da Liga profissional de futebol estão finalmente dispostos a encontrar uma solução que traga àquele organismo a paz que lhe tem faltado e, ainda mais importante, o desafogo financeiro que se tornou impossível nos últimos tempos.

A persistente teimosia do ainda Presidente Mário Figueiredo, tendo como aliado fundamental da sua estratégia o Presidente da Assembleia Geral, há algum tempo começou a deixar indícios de que seria complicado encontrar uma saída para a situação de ruptura que cada vez mais se tornava evidente.

O episódio das listas que não chegaram a ser sufragadas e que, por decisão superior, foram consideradas feridas de várias ilegalidades, apenas serviu para evitar decisões tidas por urgentes, mas que a ineficácia dos dirigentes dos clubes permitiu terem sido objecto de sucessivos adiamentos.

Na altura, preconizámos aqui o que agora está em vias de acontecer. Ou seja, deixar de lado as listas concorrentes, e convocar uma assembleia geral destinada a destituir os actuais corpos gerentes da Liga e eleger novos dirigentes.

O encontro que ontem reuniu representantes de todos os clubes abre finalmente caminho à clarificação de uma situação que estava a tornar-se insustentável e ameaçava até ferir de morte a Liga de Clubes, transferindo para a Federação as suas atribuições.

Perdeu-se demasiado tempo. Não são possíveis mais adiamentos.