Chuva de golos

Factos, os mais diversos, ficaram a marcar neste domingo a actividade do futebol que mais particularmente nos toca, com a particularidade de terem sido muitos os golos registados, alguns deles de belo efeito.

Os três grandes venceram os seus jogos, nuns casos mais facilmente do que noutros, Cristiano Ronaldo voltou a marcar três golos num só desafio, desta vez com a particularidade de um desses golos ter sido obtido de forma inédita, José Mourinho esteve de novo na crista da onda, quase a chegar a vias de facto com o seu colega de profissão Arsène Wenger, no decorrer do derby londrino Chelsea-Arsenal.

O que aconteceu em Stanford Bridge não foi edificante e fica mesmo como um registo negativo para dois dos mais conceituados treinadores mundiais. Mesmo sabendo-se serem quase ancestrais as más relações entre Mourinho e Wenger, não pode aceitar-se o registo que saiu de Londres via tv para todo o mundo.

Cristiano Ronaldo, a atravessar de novo um notável momento de forma, o que é um bom indício para os compromissos da nossa selecção que estão à porta, obteve o seu terceiro golo no jogo de ontem impulsionando a bola com o cotovelo, portanto através de um gesto ilegal.
O melhor jogador do mundo não precisa de lances como este para manter os seus créditos, mas até o ineditismo da situação acaba por confirmar que estamos, de facto, perante o melhor jogador do planeta.

Sporting e Benfica resolveram com quatro golos cada os seus problemas da última jornada, curiosamente todos alcançados nos quinze minutos finais dos seus jogos.
Esse pormenor não tira mérito aos triunfos de ambos perante adversários de menor dimensão, tendo até dado lugar a festejos não muito habituais em Penafiel e na Luz.

O FCPorto também ganhou mas passou por maiores dificuldades. O adversário também era de outra dimensão, não proporcionando aos dragões uma exibição de grande qualidade.
Permanecem ainda muitas dúvidas sobre esta equipa comandada por Lopetegui.

Tal como acontece com águias e leões, o longo interregno do campeonato, que vai durar três semanas, também não se apresenta como favorável aos dragões.
Agora vem aí a selecção, com Fernando Santos a iniciar um novo ciclo.
Tempo para muitas análises e, sobretudo, para fazer esquecer um passado recente.