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Ribeiro Cristóvão

Rescaldo e perspectiva

15 set, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Apesar de haver algumas questões importantes para resolver, podemos ter entrado na semana decisiva quanto ao seleccionador nacional.

O regresso do campeonato não fez baixar o tom do debate que percorre o país relacionado com a escolha do novo seleccionador nacional.

Mas a verdade é que a jornada realizada no fim-de-semana, a seguir ao interregno que deu lugar ao desafio com a Albânia, continha em si motivos capazes de entusiasmar várias plateias.

E assim foi de facto. Desde logo a curta deslocação do Benfica ao Estádio do Bonfim, onde deparou com facilidades inesperadas as quais acabaram por redundar numa goleada que projecta a equipa de Jorge Jesus para patamares muito superiores aos do mesmo período da temporada anterior.

O Sporting atrasou-se ainda mais após o empate cedido frente ao Belenenses em Alvalade.

Ali, os leões deixaram à vista a necessidade de fazer muito mais para poderem justificar a condição de candidatos ao título que o seu Presidente vem proclamando com insistência.

Como se constata, as aquisições feitas em Alvalade nada trouxeram de novo, exceptuando, claro, Nani que regressou a casa em condições de todos conhecidas.

As dificuldades que se previam para o FCPorto em Guimarães confirmaram-se em absoluto.

Uma equipa recheada de nomes sonantes não revelou capacidade para ir além da conquista de um ponto frente a um adversário que assenta na juventude a grande força do seu colectivo, a que junta a perspicácia de um treinador que soube reunir um grupo baseado em jogadores trazidos da equipa B e de outros ainda sem direito ao rótulo de grandes vedetas.

Após quatro jornadas já não há equipas só com vitórias. Mas destacam-se, pela justiça com que se intrometeram na luta entre Benfica e Porto, as formações do Rio Ave e do Vitória de Guimarães, que se mantêm no comando da tabela por terem, por agora, os ataques mais produtivos.

Quanto ao tema seleccionador nacional, podemos ter entrado na semana decisiva, havendo algumas questões importantes para resolver.

Fernando Santos está, e muito bem, na frente da corrida. Espera-se que a dificuldade provocada pelo castigo que arrasta desde o Mundial seja ultrapassada, para que as portas da Federação lhe sejam franqueadas.

Como ele merece e nós necessitamos.