Ao ataque

Num momento em que o futebol português se encontra envolto em contradições de vária ordem, a discussão alarga-se a temas que vão muito para além do jogo em si, mas que lhe estão indissociavelmente ligados.

A selecção e o seu futuro imediato suscitam as principais preocupações, sobretudo porque um enorme manto de silêncio mantém dúvidas que é urgente esclarecer.

Convém não esquecer que o próximo jogo é já em Outubro e o adversário não pode ser comprado em nada à Albânia, que acaba de nos lançar em trevas profundas.

E se é verdade que se recomenda uma grande ponderação que evite decisões precipitadas e irreversíveis, também não é menos certo que não pode ficar tudo na mesma.

Num outro âmbito, o Presidente da Liga de Clubes veio lançar achas para uma fogueira já de si muito incandescente há vários meses e que ninguém parece capaz de neutralizar.
Mário Figueiredo, acossado por uma decisão do Conselho de Justiça que pode colocar um ponto final no seu atribulado mandato, apontou em várias direcções deixando as orelhas a arder a muita gente. Veremos, a curto prazo, quais as consequências do seu discurso inflamado.

Junta-se ainda a tudo isto a mais recente decisão do Presidente do Sporting, que se tem mantido insistentemente ao ataque, sobretudo nos últimos tempos.

Agora, o fogo vira-se para a própria família sportinguista com Bruno Carvalho a manifestar a intenção de interpor uma acção de responsabilidade civil envolvendo Godinho Lopes, Luis Duque, Carlos Freitas e Nobre Guedes. Os jogadores Ismailov, Jefren e Rodriguez estão na base desta iniciativa, a primeira, a que certamente se seguirão outras com base na auditoria às contas do clube de Alvalade, que está praticamente a chegar ao fim.

Em resumo: neste início de temporada vai continuar a jogar-se com muita intensidade, tanto dentro como fora dos estádios de futebol.