Estranhos critérios

A Fifa divulgou à entrada para os quartos-de-final do Mundial de Futebol uma lista contendo os nomes dos jogadores que considera terem sido os melhores nos jogos disputados até aqui.

David Luiz, central brasileiro muitas vezes encarregado de outras tarefas, surge no primeiro lugar dessa classificação, tendo sido colocado no segundo lugar o colombiano James Rodriguez.

Para a surpresa ir mais longe, a terceira posição é atribuída a Benzema, estando a seguir os nomes de Roben e do belga Jan Vertonghen. 

Neymar Júnior, coqueluche da torcida brasileira surge apenas no sexto lugar dessa mesma tabela, enquanto o argentino Lionel Messi é atirado estranhamento para 11º, depois de ter sido considerado pela Fifa o “homem do jogo” nas quatro partidas em que tomou parte até agora, enquanto a David Luiz nem uma só vez foi atribuído esse título.

À luz do que milhões de espectadores puderam acompanhar em todo o mundo ao longo de mais de vinte dias e de 56 jogos incluídos no calendário do Mundial, esta classificação tem aspectos que no mínimo podem ser tidos como bizarros.

É que o central brasileiro, na opinião de uma grande maioria, nem sequer pode ser elevado à categoria de melhor jogador da sua selecção.

O jogo de hoje à noite, entre o Brasil e a Colômbia, vai colocar frente a frente os dois maiores protagonistas de um estanho critério, cujos objectivos podem não fáceis de descortinar.

É verdade que de um lado estará um jogador que tem vindo a encantar os adeptos com os seus golos soberbos e com as assistências sempre imprevisíveis de que é capaz, mas do lado oposto voltaremos a ver um central com algumas limitações e a recorrer, bastas vezes, a jogadas pouco abonatórias da conduta de um profissional que se preze.