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Ribeiro Cristóvão

Sem desculpa

16 jun, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Sem que nada esteja perdido, será recomendável que os jogadores da nossa selecção sejam capazes de revelar nos próximos desafios uma atitude completamente diferente.

Não é aflitivo ter perdido o jogo estreia no Campeonato do Mundo, mas as circunstâncias e a expressão de que a derrota frente à Alemanha se revestiram são motivo bastante de preocupação em relação ao que pode acontecer a seguir.

Há ainda dois desafios para disputar frente a selecções teoricamente ao alcance do conjunto português mas, em boa verdade, algo pode ter ficado comprometido no embate em que fomos rotundamente derrotados por números nunca registados em competições internacionais.

O jogo da cidade de Salvador nem começou mal para a selecção comandada por Paulo Bento, que jogou de igual para igual com os germânicos durante os primeiros dez minutos.

Mas, a partir daí, tudo se desmoronou. Primeiro, mercê de um deslize inaceitável de Rui Patrício, depois por força de uma grande penalidade que nos colocou em desvantagem em fase muito temporã do jogo.

Não vale a pena tentar encontrar em algumas decisões do árbitro as justificações para o nosso descalabro. A verdade é que a equipa globalmente não rendeu o que dela se esperava, e alguns dos jogadores eleitos para o onze inicial passaram claramente ao lado da partida.

Culpados são todos, e por isso de todos se espera a reabilitação no jogo que vem a seguir e deverá ser a chave da nossa presença em território brasileiro.

O seleccionador vai ser obrigado a fazer mudanças face às ocorrências do jogo com a Alemanha. 

O castigo de Pepe, provocado por uma atitude injustificada, e as lesões de Coentrão e de Hugo Almeida, obrigam à entrada de novos jogadores que até aqui têm estado fora do padrão seguido por Paulo Bento.

Sem que nada esteja perdido, será recomendável que os jogadores da nossa selecção sejam capazes de revelar nos próximos desafios uma atitude completamente diferente.