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Ribeiro Cristóvao

Hábitos perversos

09 jun, 2014 • Ribeiro Cristóvao

Com muitas dúvidas à mistura, fica-se na expectativa de saber o que vai acontecer em relação às eleições na Liga de Clubes.

Está lançada, definitivamente, a confusão nas eleições para a Liga de Clubes de Futebol, em princípio aprazadas para quarta-feira, dia 11 de Junho, se até lá não vier a dar-se um novo e ainda mais forte terramoto do que aquele que se registou nos últimos dias, para desprestígio (mais uma vez) do futebol português.

Sabia-se que não iriamos estar perante um acto pacífico face à forma como algumas das forças implicadas na refrega tentavam lançar uma permanente confusão.

Para mais, intensificavam-se as dúvidas sobre o modo como estariam a posicionar-se os chamados clubes grandes, excluído o Sporting, que parecia passar ao lado de todas as decisões.

Embora em termos inadequados, que de resto mereceram condenação quase generalizada, o  Presidente dos leões fez essa denúncia, que voltou a reforçar neste domingo.

A retirada do candidato que havia apresentado não tivera, inclusive, a menor base de sustentação, uma vez que não foi sequer possível encontrar o apoio exigido de quatro clubes  subscritores para fazer avançar a candidatura de Vitor Ferreira.

O imbróglio maior haveria no entanto de surgir com a entrega, na sede da Liga, de duas listas encabeçadas pelo mesmo candidato, Fernando Seara.

Mais tarde, acusações proferidas entre este e Rui Rangel, seu ex-aliado, vieram lançar a maior confusão e colocar em sério risco um processo eleitoral que arrasta consigo alguns dos hábitos perversos que têm marcado a vida do futebol português.

Com muitas dúvidas à mistura, fica-se na expectativa de saber o que vai acontecer em relação às eleições na Liga de Clubes. A bola passou para as mãos do Presidente da Assembleia Geral que, como todos sabemos, é conhecido por ter tomado até aqui algumas decisões que podem ser classificadas de tudo menos pacíficas.