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Ribeiro Cristóvão

Sobraram três

06 jun, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Aos poucos começou a debandada de muitos dos pretendentes à presidência da Liga, alguns dos quais tinham iniciado bem cedo a caminhada o que levou a supor, em alguns casos, que o perfil do novo presidente começava a ficar definido.

Os candidatos à presidência da Liga de Clubes andaram numa roda viva nestes últimos dias, tendo o seu número chegado a atingir quase uma dezena.

Chegou mesmo a adivinhar-se a corrida mais participada de sempre, sem que no entanto se percebessem bem quais os objectivos que alguns dos concorrentes perseguiam.

Dos movimentos gerados pelos diversos candidatos junto dos clubes eleitores chegaram poucas notícias ao longo dos últimos meses, e alguns nem sequer tiveram tempo para apresentar os seus programas de acção ou, se o fizeram, foi através de palavras vagas e de circunstância.

Pareceu sempre mais importante contar espingardas. Mas, mas até isso não foi além de um exercício de adivinhação sem quaisquer consequências.

Aos poucos começou a debandada de muitos dos pretendentes, alguns dos quais tinham iniciado bem cedo a caminhada o que levou a supor, em alguns casos, que o perfil do novo presidente começava a ficar definido.

Júlio Mendes, Presidente do Vitória de Guimarães, por exemplo, foi aquele que mais cedo manifestou intenção de se candidatar, arrastando consigo a ideia de que poderia ser ele o vencedor. Afinal, acabou também por abdicar.

Agora, a luta eleitoral vai circunscrever-se a Fernando Seara, Rui Alves e Mário Figueiredo, os três mosqueteiros que levam a luta até ao fim, e vão, nos bastidores, desenvolver esforços tendentes a encontrar o consenso que permita uma escolha sem margem para dúvidas.

Embora haja forças dominantes, com Porto e Benfica na dianteira, uma vez que o Sporting já se colocou fora desse pequeno grupo hegemónico, a pequena quantidade de votos disponíveis pode vir a proporcionar a maior surpresa.

Espera-se por um “homem do futebol” para lhe dar uma outra face e ensaiar novos caminhos. Veremos, mais tarde, se não acabará por ser escolhido um candidato que agora promete mudar muitas coisas para depois não mudar coisa nenhuma.