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Ribeiro Cristóvão

Um país em lágrimas

03 jun, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Radamel Falcão chorou e com ele chora toda a Colômbia porque a selecção acaba de perder o seu jogador referência.

Repetem-se por esta altura dramas que têm sido vividos no passado quando chega a hora de os selecionadores nacionais divulgarem os nomes dos convocados para o Campeonato Mundial de Futebol.

Há sempre expectativas que saem frustradas e, nalguns casos, provocam até uma contestação quase generalizada.

Mas nem todos os casos se enquadram nesta perspectiva. Sobretudo quando se trata de ausências, por lesão, de jogadores tidos como fundamentais, o sentimento apenas pode cingir-se à resignação perante circunstâncias que se tornaram inultrapassáveis.

No caso português, é o caso de Cristiano Ronaldo que preocupa, embora não se tratando de uma situação desesperada, antes pelo contrário.

Sabemos todos que o melhor jogador do mundo não está fisicamente no seu ponto mais alto, mas existe a esperança que parece bem fundamentada de poder recuperar nos quinze dias que ainda tem pela frente antes de entrar na grande competição.

O contrário se passa com o nosso conhecido Radamel Falcão, cujo afastamento da selecção da Colômbia foi ontem anunciado pelo seleccionador daquele país, José Pekerman, colocando de imediato todo o país em estado de choque, por se saber que sem o contributo do ex-goleador do Porto tudo fica mais complicado para uma representação que pensava partir para o Brasil alimentando sérias e seguras aspirações.

Grécia, Costa do Marfim e Japão respiram um pouco mais aliviados depois desta má notícia, embora reconhecendo todos que o Mundial de Futebol sai claramente prejudicado com a ausência de um jogador de enorme qualidade e do qual se esperavam exibições e golos fantásticos.

Radamel Falcão chorou e com ele chora toda a Colômbia porque a selecção acaba de perder o seu jogador referência.

Um duro momento vivido ontem quando Pekerman chamou o jogador e lhe comunicou a decisão que havia tomado em consonância com o seu corpo médico.

Falcão é mais uma estrela que não vai brilhar no firmamento brasileiro e num campeonato que a cada quatro anos se transforma, para muitos jogadores, no sonho e na meta que infelizmente para alguns acaba por se tornar inatingível.