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Ribeiro Cristóvão

Fim de festa

16 mai, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Como sempre, no imenso e deslumbrante Vale do Jamor volta a reunir-se uma boa parte da nossa elite futebolística num cenário em que a grande imagem se fixa na entrega da Taça de Portugal.

Os agitados dias de Abril e Maio desembocam finalmente no próximo domingo naquela que é, por excelência, a festa maior do futebol português.

Como sempre, no imenso e deslumbrante Vale do Jamor volta a reunir-se uma boa parte da nossa elite futebolística num cenário em que a grande imagem se fixa na entrega da Taça de Portugal.

Na mais democrática competição do nosso calendário, onde todos os escalões têm uma palavra a dizer, e muitas vezes a têm pronunciado de forma tonitruante, num só jogo faz-se a súmula de toda uma temporada durante a qual foram sendo alimentadas as mais variadas expectativas tanto pelas mais poderosas quanto pelos mais modestas colectividades.

Ao longo dos anos, há finais da Taça que ficaram para a história, e nem sempre envolvendo os emblemas mais poderosos do nosso futebol.

Quem não se lembra das finais em que estiveram envolvidos o Campomaiorense e o Beira Mar, o Estrela da Amadora e o Farense? A verdade é que todos estes, e muitos outros que também tiveram a felicidade de chegar ao Estádio Nacional, tiveram que afastar do seu caminho equipas bem mais fortes mas incapazes de resistir à força anímica dos que pareciam chegar da província.

Desta feita é ao Rio Ave que cabe desempenhar a tarefa de David numa luta que à partida se afigura desigual com o Golias Benfica.
Mas postas as circunstâncias de que, neste momento, se rodeiam ambas as equipas, parece prudente não adiantar vaticínios que possam vir a ser contrariados.

E com a final da Taça, a época corre taipais que só voltarão a ser abertos quando atingirmos o mês de Agosto, para então se abrirem novos capítulos de um futebol em mudança, cada vez mais obrigado a fazer contas para não comprometer o seu futuro.

O tempo das utopias já lá vai.