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Ribeiro Cristovão

Fechar as contas

06 mai, 2014

Existem já boas razões para que sejam feitos alguns destaques, tanto olhando para os aspectos positivos como para outros que não irão ter um final tão feliz.

Fechar as contas

Quase a chegar ao fim, o campeonato português começa agora a prestar-se às mais variadas análises, feitas sob diversos ângulos e não raras vezes marcadas por alguma falta de imparcialidade. Não é novidade, nem será a última vez que isso acontece. Um sinal dos tempos.

Mesmo sem terem sido escutados os derradeiros silvos dos apitos dos árbitros, o que só vai acontecer nos próximos sábado e domingo, existem já boas razões para que sejam feitos alguns destaques, tanto olhando para os aspectos positivos como para outros que não irão ter um final tão feliz.

Indiscutível e quase universalmente reconhecido é o mérito do Benfica, por se ter sagrado já campeão nacional e manter boas perspectivas de poder vir a juntar a essa destacada conquista mais três sucessos pelos quais se vai bater empenhadamente nesta e nas próximas semanas.

Em contraponto, temos a grande desilusão em que se constituiu o Futebol Clube do Porto após uma época desastrosa que, tendo começado bem, vai fechar portas vivendo envolto num enorme pesadelo. Veremos como e onde irá buscar forças para inverter a marcha suicida em que entrou nos últimos meses e projectou o clube para uma das suas mais desastradas campanhas de sempre.

No fundo da tabela, é ao Paços de Ferreira que se deve atribuir a nota mais baixa. Depois de ter participado na Liga dos Campeões e na Liga Europa, a equipa da capital do móvel tem vindo a pagar alto preço por essa aventura que a obrigou a iniciar mais cedo os trabalhos da temporada e levou ao desgaste inevitável, com as consequências que estão agora bem à vista.

Não constitui uma novidade aquilo que está a acontecer a esta equipa nortenha. Já em anos anteriores outras, de nível semelhante, tiveram custos iguais resultantes de participações nas exigentes competições da Uefa, para as quais não estavam preparadas.

Ou seja, em ambos os lados, entre os que surpreenderam ou desiludiram, há ainda destaques que não podem deixar de ser feitos. Disso nos ocuparemos em próximos dias.