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Ribeiro Cristovão

Incompetência

28 abr, 2014

Tal como acontecera no desafio da Taça de Portugal, em que o Benfica, mesmo reduzido a dez unidades, justificou a superação do seu adversário, uma semana depois os dragões voltaram a revelar uma confrangedora incompetência.

O domingo não deixava antever uma jornada de grande sucesso a um Futebol Clube do Porto em queda acentuada, que voltava a ter pela frente a “besta negra” em que para os dragões se transformou a equipa do Benfica.

O histórico mais recente funcionava a favor dos lisboetas mas, não obstante várias circunstâncias que poderiam funcionar favoravelmente aos nortenhos, parecia mais provável que os encarnados revelassem maior capacidade para atingir a final da Taça da Liga.

Tal como acontecera no desafio da Taça de Portugal, em que o Benfica mesmo reduzido a dez unidades durante grande parte do tempo justificou a superação do seu adversário portista, uma semana depois os dragões voltaram a revelar uma confrangedora incompetência que a equipa de Jorge Jesus aproveitou para reforçar a sua candidatura à conquista de mais um troféu.

No jogo deste domingo, o Porto exerceu clara supremacia sobre o seu adversário durante quase toda a primeira parte. E apenas não marcou um só golo face às várias oportunidades de que dispôs, porque aquele que tem sido um dos seus grandes protagonistas, Jackson Martinez, foi sempre  incompetente até ao último remate que desferiu, exactamente aquele em que falhou de forma escandalosa uma das penalidades do desempate.

Ter ganho a Supertaça no início da temporada não tem qualquer relevância no trajecto de um clube que encheu o seu museu de troféus nos últimos trinta anos. E isso obriga a uma inversão deste percurso negativo que marca toda a temporada quase a terminar.
A nação portista está em estado de choque, não sendo por isso aceitável que se mantenha o silêncio de que se têm rodeado os responsáveis do clube.

Ao invés, o Benfica continua a sua caminhada triunfal. Garantida a vitória no campeonato e a sua presença em duas finais consecutivas, Taça de Portugal e Taça da Liga, sempre contra o mesmo adversário, o Rio Ave, o clube da águia vira-se agora para outra final, de outra dimensão e com muito maior repercussão.

Não vai ser fácil confirmar a vantagem com que a equipa portuguesa viaja para Turim. Mas a força que tem revelado, sobretudo nos tempos mais recentes, justifica que se mantenha algum optimismo. Prudente optimismo, bem entendido.